alma viva em corpo inerte
coração que bate persistente
lágrimas que brotam de olhos cerrados
num sono impróprio à hora...
quão paciente espera
vida que se passa lá fora
sem demonstrar sequer
um esboço de dor
sofre sem glória
quais sentimentos estão preservados?
o que é de seu orgulho, sua arrogância
e sua vaidade?
tendo agora seus defeitos esquecidos
pelo juramento sagrado
qual será o seu destino?
ó ser humano em naufrágio...
agonizante descanso
deitado na inconsciência
numa dependência aviltante
de mãos proficientes...
tempo se passando lentamente
numa eternidade de dor...
terá medo de não mais abrirem
seus olhos pesados que se fecharam?
qual precária força tirada do mistério
em prol de respirar,
vão sendo poupadas.
Luiza Brito
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