Ventos de agosto me trarão sonhos assobiando
Nas frestas das ensaiadas curvas da esperança
E me levarão desesperos num redemoinho de poeira
Para longe e muito alto da minha renovada cabeça
Ventos de agosto me trarão recomeços
E me levarão os fins que trouxeram os meios
Da oportuna e espalmada fé nos setembros
Que virão sempre com ventos de outros agostos
Ventos de agosto anos após anos virão
Levando invernos, trazendo primaveras, verões
Inquebrantável pauta genética do tempo
Anunciando com seus ruídos quando vêm
Ventos de agosto vêm para quem os vêem
Rompendo as estacas rijas dos estigmas
Revolvendo medos, dúvidas, maus presságios
Do dia treze que passa do mal para o melhor
Ventos de agosto após o dia treze, segue
Em assobios, contradizendo o maligno,
Mandingas, azares, malfazejos, invejas
E os ventos do próximo agosto com seus silvos
Esvoaçarão novamente meus longos cabelos
Good good good......
ResponderExcluirLindo poema, Luíza.
ResponderExcluirParabéns!
Conceição